quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Onde a terra acaba e o mar começa

Fui invadida por uma vaga de saudades, de um espaço físico e temporal que julgo já não existir, mas que me fez sonhar com outras paragens. A culpa é de um novo visitante do Manecas, SalsolaKali, cujo blog aproveito para divulgar.
Ao ler o post mais recente, escrevi um comentário de um só fôlego, que (espero não estar a ser muito indiscreta) vou publicar por aqui também. Porquê? Porque fiquei a pensar nele. E nos locais que invoquei. E na leveza que tais recordações me fizeram sentir...

"Vagueei pela praia, senti as ondas e revi o paredão que suporta a Casa-Museu Afonso Lopes Viera. Senti-me a passear pelo pátio, a visitar a capela e a rever as camaratas onde passei tantos verões (uns enquanto criança, outros como monitora da colónia de férias). Recordei com saudade o fascínio pela coleção de livros e búzios que o poeta acumulou.
Tudo isto num flash momentâneo mas que me aqueceu a alma e reconfortou como só as boas recordações o fazem.
Sou filha das terras do verde pino e não me liberto do fascínio que todos os frutos dessas terras causa em mim.
Seja o tojo, os caminhos perdidos, os pinheiros bravos ou mansos a terminarem em praias de encantar.
...ou talvez seja só a minha alma poética a falar mais alto."

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