VID (que é como quem diz, very important day...)

Hoje. 

Compra.da.casa.nova.

Agora já não há volta a dar: estamos completamente pobres, mas felizes por termos casa nova. Para nós e para o Pedro, que esteve muito bem comportado na  escritura, como se percebesse que se tratava de um passo importante nas nossas vidas.

Sinto-me atordoada...

Leça da Palmeira, aqui vamos nóóóósssss....

No último dia do Verão...

...que é como quem diz, "No sábado passado..."



Fomos almoçar à nossa futura terra e passeámos à beira mar, a aproveitar o calorzinho que se fazia sentir.
Ah, sim, é verdade: vamos mudar de casa...

Hoje

Consulta de medicina do trabalho. Entrei às 8h23, saí às 8h29.

Tempo para ver análises, resultados dos restantes exames, pesar e comentar que desde a última consulta fui mãe.

Ah bom e tal, parabéns e tal, agora é que vai ser a doer, e quando ele tiver 18 anos vai ser só dores de cabeça, com as noitadas e a falta de juízo, e tal e coisa, e devaneios, e irreverências, e chatices.

...

Em 6 minutos fiquei a saber que o Dr está a passar uma fase difícil na educação dos seus 2 filhos (sim, também fiquei a saber que tem 2 filhos e outros pormenores). De mim e do meu estado de saúde é que quase não se falou...

7 meses

...e um ar cada vez mais malandro.
Tantas aventuras, peripécias e histórias por contar, mas o tempo voa e não dá para nada...
...principalmente quando ele me olha nos olhos e sorri com a alma toda.
De derreter...

A partir das trincheiras

Vos mando esta mensagem.

Estamos em guerra contra o mundo conformado e isso dá muito trabalho (e cansa).

Aqui esta recém-mamã-regressada-ao-trabalho viu-se de repente no meio de uma batalha campal e mergulhou no espírito da coisa, cheia de vontade de andar aos tiros.

A próxima vez que alguém me falar em "pensámos em si para novo projecto", que será "desafiante e motivador" e representa uma "excelente oportunidade profissional" vou tentar lembrar-me de dias como o de hoje. 

E dedicar algum tempo a escolher a ponte. 

Sim, aquela de onde será melhor atirar-me...

Se ter um filho foi dar uma cambalhota...

...regressar ao trabalho depois da licença de maternidade foi dar um trambolhão!

Juro mesmo...

...que não sou racista. Estou mesmo convencida disso e não me lembro de ter cometido atitudes discriminatórias com base na raça (se for falta de QI a coisa já não é bem assim...)

...mas a verdade é que os ciganos mexem-me com os nervos!...

obrigada

pela frase de hoje.

obrigada, kikinhas, pela clarividência* em dias de nevoeiro.

* pontual. clarividência pontual. 

(que ela fica convencida e depois ninguém a atura...)

Os devaneios voltaram em força

Os instintos ensinam-se? Serão como os reflexos que podem ser educados?
Não sei, mas gostava de saber. E gostava de perceber se poderei educar
alguns dos meus instintos, tal como o cão de pavlov...

Quack!

Momento kodak (que é como quem diz, para mais tarde recordar).
Hoje fomos almoçar com o papá. Aproveitámos o sol e o calor e demos
uma voltinha e acabámos na nossa loja preferida (passe a publicidade)
"a casa do bebé".
Toca de entrar, escolher umas coisinhas e, como sempre, o Pedro
resolve mostrar os seus dotes de tenor...
O papá embaraçado pega nele ao colo e começa a passear com ele pela
loja. A senhora (que já nos conhece) tenta desdramatizar e diz-me que
é mesmo assim, que bebés pequeninos querem-se a chorar, etc, etc,
enquanto eu me apresso a escolher o que preciso para me vir embora o
mais rapidamente possivel.
E, de repente... Silêncio. Uns segundos depois um "ah". Segue-se uns
"graaah" e uns "uh". E depois a bela gargalhada do papá... Fui
espreitar e descobri um Pedro vidrado a olhar para um pato amarelo e a
tentar falar com ele...

Depois de almoço passei numa loja e vi um pato parecido. Não resisti e
comprei. Ele ainda não o viu e eu estou super curiosa para ver se acha
tanta graça a este quanto achou ao outro...

S. Bento da Porta Aberta

Está a dar uma reportagem sobre o santuário, em terras do Bouro.
Bonito.
Passei lá uma vez: tinha a porta fechada.

Madame La Forreta

Estou calmamente a ver tv enquanto o jantar apura, quando vejo uma
reportagem dos Homens da Luta em Dusseldorf, a dar espectáculo nas
iniciativas do Festival da Eurovisão.
Acho graça e sinto a mesma curiosidade que todos têm em saber como é
que eles se vão sair no festival propriamente dito (sim, que por
enquanto parecem estar a dar-se muito bem e a causar sensação).
E logo a seguir penso em dinheiro. No facto de sermos nós quem paga
estas coisas. E, como estas, muitas mais, em nome de "em representação
do país".
Talvez esteja a ser mais papista que o papa, mas com o estado em que
as coisas estão, com tanta gente a contar tostões, parece-me uma
futilidade patrocinar estas coisas.
Sim. Sinto-me forreta.
Mas de alguma maneira sinto que estamos numa fase em que a forretice
se impõe. Ou estou enganada?

Gaba-te, gaba, que eu já te lixo...

...que é como quem diz: agora que demonstrei que consigo dormir tantas
horas seguidas, vou-te mostrar que também sou capaz de te fazer passar
noites terríveis, a acordar de hora e meia em hora e meia, com o
brinde de um choro angustiante e incontrolável...

(As minhas olheiras hoje são notáveis...)

Back to writing

Já passaram quase, quase 3 meses desde o nascimento do Pedro. E quase, quase 3 meses desde o momento em que a minha vida deu uma cambalhota… ou melhor, várias, a fazer lembrar uma máquina de lavar roupa…
Enfim, nada que quem tenha um filho não saiba e nada do que uma pessoa, por melhor preparada que esteja, imagine o que é até ao momento em que se vê de pernas para o ar a tentar coordenar o equilíbrio físico e mental ao mesmo tempo que tenta desesperadamente parecer normal.
Bom… quase 3 meses e sinto-me, finalmente, a voltar ao normal. A voltar a ter rotinas, a voltar a sentir que consigo controlar algumas coisas (horários é que nem por isso) e a sentir energia e discernimento suficientes para voltar a fazer uma coisa que me dá muito prazer: escrever. Pelo prazer e pela vontade de ir registando algumas coisas que sei que, de outra forma, acabarei por esquecer.
Assim, aqui fica um aviso aos poucos, mas fiéis seguidores deste cantinho: este blog vai passar a conter, para além dos devaneios desta cada vez mais inconsciente moçoila, conteúdos de mamã-chata-e-babada, pelo que se recomenda paciência e perseverança na sua leitura…
E hoje é um excelente dia para recomeçar. Hoje. Logo hoje. Sim, hoje, o dia em que, pela primeira vez o Pedro se esqueceu da sua mamã durante a noite e foi mamar a casa da vizinha. Sim, que essa é a única explicação que encontro para o facto de ele ter conseguido deixar passar 7h (sim, SETE horas) entre mamadas…
…loucura…
…sinto-me outra pessoa…

1 mês

O Pedro fez um mês.

Continuo em casa e o neurónio (o único que ainda sobrevive na minha cabecinha) está ainda mais louro do que era durante a gravidez.

Durante este período, ganhei competências em áreas muito diversificadas: dar de mamar, mudar fraldas, limpar o rabinho, preparar e dar banho, mudar a roupa e lavá-la depois de inundada com dejectos saídos dos mais diversos buraquinhos do corpinho do meu bebé...

...e agora tenho uma vasta argumentação acerca de produtos como fraldas, toalhetes, cremes, óleos e vários tipos de truques e medicamentos para aliviar cólicas.

das competências e cultura geral que entretanto se dissipou, prefiro não falar, ok?...

Note to myself

Experimentar roupa 3 semanas depois de ter um filho, não é a melhor
ideia do mundo.

(Tudo larguíssimo, claro!)

Psssst...

O Pedro já nasceu!...

Moderação

Impôs-se nos comentários.

De repente, em dois dias, começaram a chover comentários de anónimos, com mensagens de spam.

Desculpem eventuais inconvenientes...

Uma noite quase, quase inteirinha

de sono solto.

sinto-me outra...

Nightmare

Só pode. Daqui a pouco vai tocar o despertador e eu vou perceber que afinal isto é só um sonho mau.

8 meses de gestação, um bebé particularmente activo a arrasar com as minhas noites e um problemão no trabalho, com cheirinho a entaladela.

Não durmo há duas noites, não estou tranquila e estou triste por estar a viver estas angústias profissionais nas vésperas da minha licença de maternidade.

:(

34 semanas

e uma futura mamã a começar a ter crises de ansiedade

Dias menos fáceis

Não são dias difíceis, pelo menos ainda, mas o desconforto e algum mal estar já se fazem sentir.

Isso e algumas sovas que o Pedro se lembra de dar na mãe.

Hoje não foi um dia tão fácil como habitualmente e cheira-me que corro o risco que seja pior daqui para a frente...