Dias difíceis, estes que correm.
Tenho sido uma espectadora atenta do meu quotidiano, numa perspectiva algo estranha de espectadora e personagem principal em simultâneo, se é que isso pode alguma vez ser possível. Muita introspecção e muita análise levam-me a achar que estou no fim de um ciclo muito importante da minha vida, em que nada voltará a ser como dantes.
Acho. Mas sem quaisquer certezas.
Mas há laços que se quebram e eu dou por mim a pensar porque é que os mantenho. Comodismo, talvez. Mas quando até o comodismo incomoda nada mais há a fazer senão deixar tudo para trás das costas.
Eu sou assim. Sofro muito quando sinto que tenho de me libertar de algo que me foi muito precioso, mas que se vai revelando insustentável. Demoro muito a convencer-me, mas quando a verdade se mostra irremediavelmente clara aos meus olhos, mesmo com a mágoa da perda, sigo em frente. E aí sim, sou muito decidida. Seja contra tudo e contra todos, desencanto forças escondidas e assumo-me imbatível, cortando amarras e libertando-me total e definitivamente. Sem qualquer possibilidade de retrocesso…
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