sábado, 5 de novembro de 2005

Olá

Um dos problemas de quem está muito tempo sem escrever nenhum post, é a dificuldade de encontrar as melhores palavras para fazer uma nota introdutória adequada e desencantar um assunto que seja excepcionalmente interessante, para tentar fazer uma reentré em grande.
Pois eu cá não consegui desencantar nada disso e dou por mim a procurar inspiração que compense... mas nada.
Assim voltamos aos devaneios, com mais ou menos interesse, ao sabor dos meus pensamentos e sem qualquer preparação prévia, tal como nos bons velhos tempos deste blog... ;)
Um dos assuntos que me tem ocupado os pensamentos, nos poucos momentos que tenho tido para eles, tem a ver com relações/namoros/casamentos na perspectiva de entendimento (ou falta dele) entre as duas pessoas que o compõem perante o resto do mundo. Mais especificamente no trato e no "mel", aquele que pode vir a ser muito enjoativo...
Tenho sido testemunha de algumas situações caricatas. Desde o X que é casado com a Y (gira, loura e sociável, que tem todo o ar de ter sido muito concorrida antes de ser mãe) e que faz questão de a tratar como "queridinha", "linda", "amorzinho", por entre festinhas, abraços e beijos em frente ao mundo todo (onde ela exibe orgulhosamente as joias que certamente X lhe ofereceu em demostração do seu amor). O que tem isto de especial? Nada. Há muitos assim. Só que antes de eu ter conhecido o X, tinha ouvido uma história de uma saída nocturna em que o X tinha participado e onde tinha revelado uma faceta muito pouco dedicada ao conceito de fidelidade... deve ter sido gira a minha cara: "Mané, apresento-te o X. Já te tinha falado dele. Sim, lembras-te daquela saída a propósito de xxx? Este é o tal X..."
Não sendo eu uma pessoa dada a comentários melosos (se alguém me chamasse querida ou amorzinho em público julgo que me passava completamente dos carretos), gosto, tal como todos, de carinhos e mimos q.b.. é bom, sabe bem e recomendo a todos.
Em conversa sobre este tema, apercebi-me que há quem não dissocie estas manifestações públicas de "suposto-carinho", falsas e cínicas, de atitudes compensatórias das facadinhas que se vão dando e que, por isso mesmo, são incapazes de as ter.
Inicialmente discordei veementemente. Depois fui pensando no assunto...
Num mundo tão pouco dado à monogamia, será que é mesmo assim?...