quinta-feira, 14 de outubro de 2004

Frenética

É assim que eu ando. E quando fico neste estado sinto que o chão desaparece debaixo dos meus pés, cortando a ligação á terra e distanciando-me da razão e do razoável. E tudo isto debaixo de uma falsa aparência de calma eficiência de quem tem tudo sobre controlo.
Agora pergunto-me: porque estou assim? Sim, estou cheia de trabalho e de coisas a resolver fora das portas do escritório, mas nada comparável com outras alturas da vida em que as coisas me corriam bem pior. Mais, até sinto que as coisas estão perfeitamente aceitáveis, apesar de longe dos meus ideais.
Então porquê?
Gostava de saber mais sobre psicologia para evitar análises rascas de quem não percebe nada do assunto e que pode acabar por concluir erradamente que se trata de instinto. Sim, instinto. Tenho um vago pressentimento que as coisas se vão alterar para pior. Há alguns sinais indicadores, é certo, mas também tenho medo de que lhes esteja a dar uma importância exagerada e por isso mesmo esteja a criar uma ansiedade desnecessária.
Por outro lado sempre fui muito alerta e precavida e isso já me valeu muito no passado por ter agido antes de ser tarde demais.
Ou será que isto tudo é causado por uma postura de inconformidade e de saturação pela insatisfação em determinados aspectos da minha vida? Sim, isto também poderá desproporcionar factos e acontecimentos, tornando-os bem piores do que aquilo que são na realidade.
Não sei. Aliás, a expressão “de que” “eu só cá vim ver a bola” poder-se-ia aplicar.
Mas sabem que mais? Quando escrevi que este blog era sobre devaneios acertei de uma forma que não previa...

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