Ontem dei por mim, sentada na minha varanda a sentir o ar quente da noite de verão (a que já nos desabituámos) e a pensar em coisas tão díspares que já nem me consigo recordar. Foi uma pausa deliciosa na correria dos últimos dias e que me soube divinamente.
Uma coisa que gosto de fazer é olhar para o céu à noite. Gosto do contraste entre o escuro do céu e o brilho das estrelas. Gosto de aprender coisas sobre constelações e tentar memorizar os nomes de algumas (tarefa inglória, mas saborosa).
Ontem via-se claramente Vénus. O planeta que brilha mais que as outras estrelas.
Claro que só mesmo algo muito cintilante seria perceptível da varanda de um apartamento de uma cidade tão iluminada…
Dizem que elas são Vénus e eles Marte.
Sendo que Marte só se vê em algumas semanas e que Vénus brilha durante quase todo o ano e como eles se revezam na sua interminável vigia sobre o nosso planeta, será que se pode imaginar que essa vigia é uma espécie de protecção (como se de um anjo da guarda se tratasse)? E poderá isso ser interpretado como uma tarefa mais maternal, já que Vénus está mais presente?
Já li muitos livros sobre mitologia anglo-saxónica em que há muitas referências à sociedade matriarcal e o culto à Deusa. Talvez eles pensassem assim.
Não sei.
Sei apenas que gosto de olhar para cima e sentir o conforto de ver constante no seu “poleiro” aquele brilho mais forte que os outros. E se Vénus representa a mulher e a sua feminilidade, isso agrada-me mais ainda…
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Vou de férias durante uns dias. Tenciono ler alguns livros em atraso, ver as estrelas e pensar um bocadinho num certo desafio.
Ah… e doooooormir…
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