Gosto de brincar. Muito. Gosto de palhaçadas discretas que arrancam gargalhadas sonoras e sentidas, assim como de demonstrações de afecto e carinho. Claro está que tudo isto numa perspectiva bem discreta e familiar.
Gosto de mimar as pessoas que me rodeiam: os meus pais, a minha “acima-de-tudo” irmã, os meus amigos e quem vai mais além de uma simples amizade. Seja com um carinho, com uma lembrança, com umas palavras mais simpáticas ou com uma atenção especial.
Mas não sou fã de lamechices. Fazem-me alguma comichão no cérebro e soam-me a falso. Mas… onde e como definir a fronteira entre o que é lamechas e o que é carinhoso? (Eu cá tenho os meus critérios, mas são de tal forma subjectivos que nem me atrevo a defini-los.)
Tenho andado a pensar nisto.
Tenho andado a pensar no quanto é triste ser-se escravo de convenções e perder esta parte saborosa da vida. De ouvir e dizer um mimo, fazer ou receber um carinho, negado por uma qualquer teoria de que “isso é lamechas”. E porque é que eu tenho pensado nisto? Porque já fui levada a pensar assim. E se nessa altura isso me parecia lógico, agora parece-me uma estupidez. E uma tristeza. Um desperdício. Sim, porque se desperdiça o prazer de dar e receber, além de se anularem à partida momentos bons da vida (da nossa e de quem nos rodeia).
E dou por mim a lamentar só agora pensar nisto. Se o tivesse feito à mais tempo talvez, mas talvez tivesse tido a oportunidade de proporcionar mais momentos bons aos que me rodeiam.
Acho que afinal este post saiu lamechas. Hehehe… difícil esta coisa de querer exprimir uma ideia e ter dificuldades em encontrar a melhor maneira de a expor. Por alguma coisa fui para engenharia… paciência. Como dizia a Mrs Leigh, “Amanhã será outro dia!” ;-)
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