Estamos no meio de uma crise como há muito não vivíamos. Certo.
Os preços dos combustíveis têm disparado nos últimos meses e com isso os preços de tudo o resto subiram por arrasto. Certo.
As taxas de juro atingiram valores record e por isso o endividamento per capita está em franco crescimento... certo.
Logo as pessoas estão a ficar desesperadas. Certo.
Naturalmente que os níveis de insegurança também disparam, com ondas de assalto (umas mais desesperadas que outras) e ninguém fica indiferente...
Até agora percebo tudo muito bem.
O que eu realmente não percebo é porque é que alguém se lembrou, não só da ideia, como em pactuar com aquilo a que chamam programa "Abastecimento Seguro", em que o Estado (sim, aquela coisa meio abstracta para onde todos os meses eu e milhares de outros contribuintes temos de mandar dinheiro) vai comparticipar para melhorar a segurança das bombas de gasolina. As mesmas bombas onde empresas privadas (ok, algumas só são semi-privadas, mas ainda assim) geram lucros brutais e "brincam" à especulação com jogos pretensiosos em que tentam acalmar a opinião pública com teorias de macro economia duvidosas, confiando na ignorância alheia e baralhando discursos, com o objectivo de fazer com que ninguém os entenda para que ninguém os questione.
Não entendo.
Se o Sr. Joaquim da Esquina tiver um assalto na sua lojinha de aldeia, o prejuízo é todo dele. Se ele ou os seus clientes se sentirem inseguros, quem tem de suportar os custos para reforçar a segurança da sua loja é apenas e só o Sr. Joaquim. Sem contar com programas do Governo para subsidiar a segurança do seu negócio e o seu ganha-pão.
Programa Abastecimento Seguro? De facto, não entendo...
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