Mais um ano que chega perto do fim e vai uma série de aventuras a juntar às muitas que já vivi.
Tal como acontece por esta altura na comunicação social, também eu resolvi parar para pensar um bocadinho sobre o que 2006 me ofereceu…
…profissionalmente começou com um momento bom e um mau: tive a minha primeira reunião mais à séria com a direcção da empresa (vulgarmente conhecido como o “castigo”) e correu-me bem, mas depois fui brindada com a reunião sobre os aumentos e foi um verdadeiro balde de água fria. Tal como em 90% das empresas, a expectativa criada na altura da contratação sobre este aspecto foi defraudada e eu não digeri a coisa nada bem… mesmo tendo ouvido palavras elogiosas. Enfim… dou por mim a pensar porque é que dei tanto de mim (e me prejudiquei tanto e em tantas coisas) em nome do trabalho, para depois ter um retorno tão pobre. Bom, mudou a postura e ficou a lição: enquanto isto for desafiante e o “ganhar dinheiro” não se tornar prioridade, por cá permanecerei, mas…
…Técnico Responsável. Enfim… a gota de água. Não queria, mas teve de ser, fui obrigada a trabalhar para isso e ganhei uma responsabilidade acrescida sem qualquer tipo de retorno (e não estou a falar de dinheiro…). Neste momento sou e detesto a ideia de o ser, a forma como me fizeram ser e o que vou ter de passar se algum dia tiver azar… Seguramente o pior do ano…
…Costa Rica. 2006 foi o ano da Costa Rica… 14 horas de viagem, um vulcão activo observado de um paraíso tropical, actividades um bocadinho mais radicais e a primeira vez que vi e mergulhei no Pacífico. Orquídeas a rodos e bichos de todos os tamanhos, géneros e cores. Estradas pavorosas e pessoas de uma simpatia a toda a prova que nos faz gostar ainda mais desse cantinho do mundo e me deixaram com vontade de lá voltar. Adorei, adorei, adoreeeeeiiiiii…
…Clara. Agosto em cheio e suficiente para uma vida inteira. Ouviste???...
…foram 60 velas que a minha querida Mimi teve de soprar este ano… Dificilmente esquecerei a grande festa-surpresa (e o olhar de espanto e emoção com que foi surpreendida por todos aqueles que aderiram sem hesitações à conspiração) e o quanto foi divertido organizar tudo em segredo, recorrendo a pequenos subterfúgios e a alguma malandrice… querida mãezinha, foi a melhor prenda que recebeste e a que mais gostei de te dar.
…poesia. Em 2006 descobri uma poesia que não procurava nem julgava encontrar. Poesia que me transmite paz, alimenta a alma e ofusca os espinhos que a vida vai teimando em mostrar. Como uma espécie de refúgio onde me sinto bem e onde o resto do mundo não entra, nem existe sequer.
Sinto que 2007 vai ser um ano muito importante para mim. Não sei exactamente o que me reserva, mas acho que o caminho que tenho percorrido me vai levar obrigatoriamente a algumas encruzilhadas. E sinto que estou preparada para as enfrentar.
Bom 2007 para todos!...
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