quinta-feira, 16 de março de 2006

Saudades e pensamentos à solta

Hoje dei por mim cheia de saudades de escrever e de partilhar com quem quer que seja alguns dos pensamentos que vão girando em turbilhão na minha cabeça. Não acredito que ainda vá tendo leitores num blog que está praticamente inactivo há tanto tempo, mas isso é um promenor de menor importância: escrevo porque gosto, escrevo porque me apetece e - principalmente - escrevo quando tenho tempo para isso...
Esta saudade começou a aparecer com as notícias que têm preenchido os nossos telejornais acerca do encerramento de uma série de maternidades por esse país fora. Na verdade esta também é uma maneira de exprimir as minhas opiniões de uma forma mais pública (de forma limitada dadas as audiências, pois... é certo... mas pública). Juntando a isto mais a necessidade de uns desabafos e pronto, cá estou eu.
Voltando às maternidades. Sou só eu ou mais alguém acha uma coisa completamente anormal a decisão de se recorrer a uma maternidade espanhola como solução para o nascimento de crianças portuguesas???... Bolas, eu sei que sou muito pouco flexível quanto a tudo o que se relacione com os nossos vizinhos espanhóis, pois subscrevo inteiramente a venha máxima de que "de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento", mas isto vai muito além desta convicção pessoal.
Se eu vivesse em Elvas se calhar nem pensava assim. Quem vive tão perto da fronteira pode gerir os benefícios que pode tirar daí (os combustíveis são o melhor exemplo: os preços além fronteira são tão mais baixos que é assustador pensar nas margem que a nossa administração central tira desse negócio). Se calhar esta questão nem faz sentido nenhum para os visados por esta política por se tratar de uma realidade tão presente em tantas outras coisas, mas a mim faz-me confusão.
Tratam-se de portugueses nascidos em espanha que afinal serão portugueses, mas em conceito espanhóis?Nah... não é para mim. Além disso, lembrando alguns dizeres antigos, bem basta o caso de Olivença, que já não é nossa...
Ou então sou eu que sou uma previligiada que vive num grande centro urbano com acesso a todos estes serviços a dois passos de casa e que, por isso mesmo, não tem de se preocupar à séria com estas coisas e dá por si a divagar com preconceitos menores face a reais necessidades de quem está a muitos km's de distância dos locais onde se prestam estes serviços primários...

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