Num destes dias, durante um almoço com pessoas mais velhas do que eu (da minha nova empresa), discutía-se política, políticas e políticos. Falava-se de tudo, das peripécias da campanha, dos protagonistas e de tudo o mais que fosse passando pela cabeça dos que estavam sentados à mesa. Eu, anormalmente calada (estava cá com uma larica, depois de uma maratona de 4 horas sem comer nada) ía ouvindo e registando algumas coisas que se íam dizendo.
Mais para o fim da refeição (e com a minha barriguinha mais apaziguada) a conversa vai mudando o rumo e acaba por se centrar na incredulidade de quem viveu o período anterior ao 25 de Abril com maior intensidade, face aos valores da abstenção dos dias que correm.
A malta mais nova responde (sem grande convicção, devo dizer) que "com os políticos que temos, nem vale a pena darmo-nos a esse trabalho..." ao que eu respondi que "votar é mais do que um direito, é um dever. E os deveres são para serem cumpridos..."
Durante uns longos 30 segundos, fez-se silêncio à mesa. E eu nem sei porquê...
Mas isto é uma forte convicção que mantenho. Votar é mesmo um dever. Se não votar, deixo de ter legitimidade para fazer comentários e/ou tomar posições sobre o que se vai passando na nossa sociedade. Como posso eu exigir dos outros, se eu própria não me tiver dado ao trabalho de cumprir com a minha parte?
Eu, hoje, já votei.
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