quinta-feira, 27 de julho de 2006

"Não pode haver cubanos contentes"

"Um tribunal de Miami, EUA, obrigou uma escola primária a recolocar os 24 livros que falavam de Cuba na sua biblioteca, segundo o jornal americano "Tampa Bay". O pai de uma criança não gostou das imagens dos livros, pois mostravam cubanos felizes e pediu para serem retirados. O conselho directivo acedeu. Mas um juiz, visivelmente irritado, anulou a decisão"
In "Metro", 27/07/2006
 
Esta é a única literatura que tenho disponível no café aqui ao lado, onde costumo beber café todas as manhãs. Hoje, ao ler isto, até me engasguei...
...este (tão liberal e democrático) papá devia ficar chocado se fosse a Cuba e se apercebesse que grande parte dos cubanos não só é feliz, como também orgulhoso de si e do seu país!...

terça-feira, 25 de julho de 2006

Mais uma estrelinha no céu!...

Esta minha aventura no mundo dos blogs começou (já lá vai algum tempo!) com um desafio de uma certa moçoila que também se tinha aventurado nestas andanças.
Já lá vão alguns anos de constante presença neste mundo que ambas criámos, aproveitando para manter contacto e ir sabendo as novidades de parte a parte, com acompanhamento próximo dos respectivos blogs. Pois... por aqui e nos aniversários da Clara.
Não é justo esquecer-me dos aniversários da Clara, aqueles que têm mais convidados do que muitos casamentos, onde todos fazemos questão em estar presentes e onde todos nos revemos, ano após ano, como se de um jantar de curso se tratasse (sim, a Sandra é a felizarda que casou com o Miguel, também ele engenheiro da mesma "fornada" que eu).
Porque me lembrei de tudo isto hoje? Simples... Hoje nasceu o Ruizinho. O auspicioso bebé que é fruto dessa cumplicidade tão bonita de se ver, entre estes dois felizes e babados papás.
Sejas bem-vindo, Ruizinho, cuja vida ainda agora começou, mas que já tem sido acompanhada tão de perto.
...e acho que nunca mais vou esquecer o ar tão leve, fresco e feliz com que a Sandra me atendeu o telefone (imaginem!) apenas uma hora depois do nascimento!!!...

sexta-feira, 21 de julho de 2006

De volta às raízes

Depois de devaneios mais ou menos poéticos, aqui me encontro eu, num cenário totalmente diferente e que me é tão querido: a casa dos meus pais.
Aqui, neste porto seguro, sinto um estranho regresso às origens e à simplicidade da vida, tal como já foi há uns anos atrás. Aliás, todos os pormenores se mantêm iguais a si mesmos e até o jantar a quatro pareceu uma cena retirada de qualquer página da história que juntos temos vindo a escrever ao longo de todos estes anos.
Só a ideia de que esta noite vou dormir na minha eterna cama (que estreita que ela é!) me faz sorrir e recordar tantos e tantos momentos felizes recheados de gargalhadas, conversas cúmplices e histórias mirabolantes tão próprias e privadas de duas amigas tão profundas como sou eu e a minha irmã, com laços que nem o tempo nem mais ninguém consegue quebrar.
Aqui sinto-me igual a mim mesma e em paz. Aqui recupero a serenidade que por vezes parece desvanecer-se face a alguns espinhos que a vida vai revelando.
Aqui dou por mim a sentir saudades do tempo em que me dedicava mais a estas paragens. Do tempo em que tinha pc em casa (isto de sempre ter trabalhado com um portátil e ter ficado sem este "mimo"...) e do bem que me faz escrever e descobrir-me a mim mesma através das palavras que me saem directamente da alma.
Aqui me descontraio a escrever estas palavras ao som da doce voz da Corinne Bailey Rae...
Aqui recarrego baterias para a loucura que vai ser este fim de semana (2 casamentos e um pic-nic, com direito a soprar velas), com a certeza de que segunda-feira tenho de voltar a reencontrar a objectividade e a concentração necessárias para enfrentar mais uma semana de trabalho...

...

É-me difícil descrever algumas sensações que por vezes me tiram de mim e me transportam para paragens imaginárias, em cuja existência acredito apesar de parecerem inatingíveis.
Ontem fui arrebatada com uma espécie de regresso ao passado, transportada por um estado de alma navegante através dos sons imortais de Mozart, com o seu poderoso Requiem. O poder da música, a força das vozes e o impacto que tiveram em mim foi estonteante de tal forma que, por instantes cuja duração não consigo quantificar, o mundo em meu redor desvaneceu-se e a alma e os sons dominaram e absorveram toda a restante realidade mundana…
...foi a primeira vez que voltei a apreciar música clássica interpretada por um coral. E fiz as pazes com esta estranha forma de música e comigo mesma.
Ali, no escuro do chão da minha sala, com as janelas abertas e as cortinas a balançarem com a fresca e leve brisa que se fazia sentir…

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Acqua

Perguntavam-me se eu gostava "assim tanto" de água.
Eu respondi assim:
 
"Muuuuuito.
Água calma, água revolta, água debaixo de sol abrasador, água depois do sol se pôr, água para mergulhar e ficar o máximo tempo possível lá debaixo, onde os sons são outros e o mundo é só nosso.
Água para brincar nas ondas, água azul e tépida com corais e peixes multicolores a nadarem e a brincarem comigo a escassos milímetros da pele.
Água de cascatas, na penumbra das sombras de uma qualquer vegetação (nem precisa de ser na Costa Rica), água de rio antes de uma descarga da barragem mais próxima, com uma paz tão forte que se sabe prestes a terminar, como se tratasse do olho de um furacão.
Água. Comigo dentro ou fora, mas sempre por perto.
 
Uma das coisas que às vezes faço, só por ter saudades, é fazer o percurso mais longo para casa, começando aqui já na Foz, percorrendo a marginal e só subindo na rua que dá acesso directo a casa. Por vezes até páro, só para respirar o rio... "

terça-feira, 11 de julho de 2006

Lá em baixo

..."e tu, Maria, diz-me onde andas tu
qual de nós faltou hoje ao rendez-vous
qual de nós viu a noite até ser já quase dia
é tarde, Maria...

...toda a gente passou horas em que andou desencontrada...

...como à espera do comboio na paragem do autocarro..."

Retrovisor
Sérgio Godinho. Aqui fica a referência...

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Back to home... work, problems and world cup!

Pois... voltei do paraíso.
Tive uns dias às voltas com os fusos horários (as porcarias que dá na tv a determinadas horas são uma curiosidade engraçada para quem tem insónias... desde que encaradas com espírito humurístico), mas já regressei ao trabalho e em força.
Tenho uma série de coisas rascunhadas em bloquinhos (uns trazem sabonetes, outros os frasquinhos, mas eu cá sou fã é dos blocos de notas...) para escrever por estes lados, mas ficam para serem publicadas depois, que o tempo urge.
Esta escapadinha é para partilhar convosco um pensamento de hoje, que se escapou desta minha grande boca e que me parece ser merecedora de reflexão: "se o nosso governo foi tão célere a acabar com as férias judiciais, porque não fez o mesmo com as férias parlamentares.
Espero que não seja nenhuma gafe, mas tanto quanto sei a Assembleia da Républica continua a ter mais do que os 22/25 diazitos de férias a que o comum dos mortais está sujeito...