quinta-feira, 23 de setembro de 2004

Twinkle twinkle little star...

Ontem dei por mim, sentada na minha varanda a sentir o ar quente da noite de verão (a que já nos desabituámos) e a pensar em coisas tão díspares que já nem me consigo recordar. Foi uma pausa deliciosa na correria dos últimos dias e que me soube divinamente.
Uma coisa que gosto de fazer é olhar para o céu à noite. Gosto do contraste entre o escuro do céu e o brilho das estrelas. Gosto de aprender coisas sobre constelações e tentar memorizar os nomes de algumas (tarefa inglória, mas saborosa).
Ontem via-se claramente Vénus. O planeta que brilha mais que as outras estrelas.
Claro que só mesmo algo muito cintilante seria perceptível da varanda de um apartamento de uma cidade tão iluminada…
Dizem que elas são Vénus e eles Marte.
Sendo que Marte só se vê em algumas semanas e que Vénus brilha durante quase todo o ano e como eles se revezam na sua interminável vigia sobre o nosso planeta, será que se pode imaginar que essa vigia é uma espécie de protecção (como se de um anjo da guarda se tratasse)? E poderá isso ser interpretado como uma tarefa mais maternal, já que Vénus está mais presente?
Já li muitos livros sobre mitologia anglo-saxónica em que há muitas referências à sociedade matriarcal e o culto à Deusa. Talvez eles pensassem assim.
Não sei.
Sei apenas que gosto de olhar para cima e sentir o conforto de ver constante no seu “poleiro” aquele brilho mais forte que os outros. E se Vénus representa a mulher e a sua feminilidade, isso agrada-me mais ainda…
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Vou de férias durante uns dias. Tenciono ler alguns livros em atraso, ver as estrelas e pensar um bocadinho num certo desafio.
Ah… e doooooormir…

terça-feira, 21 de setembro de 2004

...ainda as férias

Ouvi por aqui uns comentários sobre a possibilidade de - dependendo da assiduidade - termos 25 dias úteis de férias em vez dos actuais 22.
Ai, ai... vai saber tããããããããããoooooooo bem!

Bingo!...

Bolas, isso é que foi unanimidade!...
Férias. É mesmo isso...
...na próxima semana e até à quarta 6 de Outubro, lá vou eu desaparecer mais uns diazitos.
Neste momento estou a levar a maior tanga da minha vida. Os meus dois companheiros de gabinete passaram a tarde de ontem a massacrar-me com esta história das férias.
Verdade seja dita, até eu já fico embaraçada.
Balanço feito, temos: 1 semana no Gerês na Páscoa, 2 semanas para ir a Cuba em Junho, 1 semana em Florença em Agosto e agora mais semana e meia... o pessoal está a passar-se e eu a adorar.
Ah! E ainda sou capaz de fazer uma pontezita em Dezembro, nos feriados que vai haver em duas quartas...
Estou a ser mesmo irritante, não estou???

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Socorro...

...que eu estou cheia de trabaaaaaaaalhooooooooo....

Muito rapidamente, um pequeno desafio para os mais assíduos:
Qual é o assunto que quando eu falo normalmente costumo irritar toda a gente pela sua frequência e de que eu já não falo há algum tempo?...
Vá... não é assim tão dificil...
Ah! E tem prémio: um doce à escolha!

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

The Faca thing...

E agora algo totalmente parvo...
Ontem senti gerar-se algum interesse em redor da faca que fui comprar. Bem, chamar faca é ser-se pouco preciso: trata-se de um facalhão, daqueles bem grandes (na parte mais larga da lâmina deve ter cerca de 5cm de largura) e compridos (quase a perder de vista....
Tenho a dizer-vos que já a usei. Como? Isso vou deixar entregue à vossa imaginação mais sangrenta...
...mas entretanto lembrei-me de uma outra história que ouvi em tempos.
Uma senhora com alguma idade (conhecida de amigos meus) tem uma filha emigrante nos states e numa dada altura foi lá visitá-la. A filha tem (ou trabalha) um restaurante e a mãe aproveitou a sua estadia para lhe dar uma ajuda. Acontece que a tal senhora não sabe falar inglês e pediu à filha para lhe dar umas dicas. Quando regressou, vinha toda satisfeita por ter estado com a sua filhota e por ter aprendido umas coisas de inglês...
...que usou muito bem, ao divulgar junto dos meus amigos, a meio de uma conversa...
"Xiu, menino x, não diga isso. Olhe que a minha filha explicou-me que não se deve dizer isso, porque "faca" é um palavrão em inglês..."

Eu confesso que só tive reacção uns segundinhos depois...

quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Boa para eles!

Já aqui escrevi sobre a mina fobia a hipermercados. Aliás, hipermercados, espaços fechados, cheios de gente e tudo o que esteja dentro desta filosofia.
Hoje fui ao Jumbo comprar maçãs e iogurtes para poder petiscar no escritório. Quando cheguei à minha vez na caixa, lá veio a perguntinha tradicional: "Tem cartão Jumbo?". Lá respondi que não pela milionésima vez (estou a ponderar seriamente em arranjar um crachá bem explícito em como não tenho, nem quero vir a ter, sob condições nenhumas, nem cartões de hipermercados nem cartões de crédito) e no fim (que eu já lhes topei o truque) estava com todas as armas preparadas para o comercial que normalmente é avisado de que um cliente está na caixa x e que vai pagar sem ser proprietário do dito cartão, quando...
...fui surpreendida: o tal comercial não veio.
Mistéééério, pensei eu. Mas, uns segundinhos depois, foi desvendado: mudaram de tática! Agora, as meninas das caixas têm uns cartõezinhos que preenchem com o seu nome e nº de caixa e que dão aos clientes não possuidores do cartão Jumbo. Consiste numa recomendação de aquisição do tal cartão, com uma oferta lá descrita e que poupam a existência do tal comercial (que eu tanto adoro...).
Boa para eles! Sabem porquê? É que a menina da caixa não tem tanto paleio nem tanta lata. Além de ter a pressão dos clientes seguintes para serem atendidos e que não estão para ficar muito tempo à espera... conclusão: eu sou muuuuuito menos assediada e a minha paciência não é massacrada até ao limite!

...sim, é mesmo verdade: eu passo-me completamente quando tenho de ir às compras...
...é mais forte do que eu...

segunda-feira, 13 de setembro de 2004

Que época tão estranha.
Ando com um constante sentimento de insatisfação e não consigo definir o que me falta ou que me poderia satisfazer. Sinto uma grande saciedade de coisas novas, aliciantes e motivadoras e parece que nada o é nem encontro nada que possa vir a ser.
Será por ser segunda-feira de manhã (a desculpa na ponta da lingua para quem não quer dar satisfações)? Será por estar ressacada de um fim de semana emocionalmente esgotante? Quiçá...
...na verdade, o que eu sinto é que preciso de uma lufada de ar fresco. Não tenho propriamente problemas, mas estou saturada de algumas coisas em mim e no meu dia-a-dia...
Dúvidas existênciais de uma teenager que já não sou...

(não liguem... o que eu estou a precisar realmente é de soltar umas boas gargalhadas...)

quinta-feira, 9 de setembro de 2004

...já agora, os tais poemas poéticos:

Vejam pfv aqui

"O Grito da Alma"

Hoje resolvi publicar o conteúdo de um mail que recebi da minha amiga Catarina, sobre uma questão local, passada em Terras do Verde Pino.
Trata-se de um retrato típico (ao género do "Portugal no seu melhor") e que me parece tão caricato que não resisti a publicitá-lo. Resta-me esclarecer que Isabel Damasceno é a presidente da Câmara Municipal de Leiria e Victor Lourenço um vereador da mesma (o nº 2 da autarquia).
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"Foi lançado com o apoio da CM Leiria, se não me falha a memória em Agosto, o livro "O Grito da Alma" de António Anjos Fernandes, ao bom gosto da poesia de escárnio e maldizer. Entre eles um poema a Isabel Damasceno e Victor Lourenço. Parece que os ilustres não gostaram da crítica e agora resolveram retirar o apoio à edição.
Portugal no seu melhor.
Bjs e abraços
Catarina"
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Artigo da edição do Diário de Leiria de 8 de Setembro:
Poeta "Marginal" arma confusão na reunião de Câmara
Câmara retirou apoio a livro de poemas, com insulto a vereador e à presidente.
Autor protesta


O autor de um livro de poemas "O Grito da Alma", António Anjos Fernandes, acusou anteontem, na reunião da Câmara Municipal de Leiria, o vereador responsável pela pasta da Cultura, Vítor Lourenço, de ser mentiroso.
Em causa estava um apoio prometido pela câmara à edição do livro, mas que foi cancelado já depois da publicação da obra onde o autor visava a presidente da autarquia e em particular o vereador da Cultura, a quem apelidava de «asno» e «incultivável».
Segundo António Anjos Fernandes não havia razão para a atitude da Câmara, que prometera a aquisição de 100 exemplares, uma vez que tivera acesso ao manuscrito antes da edição, o que Vítor Lourenço negou, alegando que nunca tinha sido confrontado com os versos em que era visado.
«Tenho legitimidade para protestar», disse António Anjos Fernandes, considerando que Vítor Lourenço teve acesso ao texto, e que esta atitude revela «ignorância», mas «até está a projectar o livro».
Além de chamar mentiroso a Vítor Lourenço, o autor considerou ainda ter-se tratado de uma decisão «hipócrita», dado que a carta em que a câmara comunicava a retirada do apoio não lhe fora dirigida, mas sim à editora Minerva.
Em resposta, Vítor Lourenço disse que, «apesar de dar liberdade a todos os poetas», não assinaria uma requisição de livros em que seja maltratado.
Na sessão os ânimos exaltaram-se, chegando ao ponto de a presidente da autarquia, Isabel Damasceno, ter de avisar o queixoso de que teria de abandonar a sessão caso não moderasse a linguagem.
«Estou com 30 anos de fascismo na minha terra», foi uma das acusações de António Anjos Fernandes, que assina o livro com o pseudónimo de "Marginal".
Depois de "O Grito da Alma" o autor promete voltar à carga com mais um livro, para o qual o tema é "O espectro (camarário) da alma".
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Nota: Tenho os poemas, mas para encurtar este longo post, resolvi retirá-los. Quem os quiser ler, veja aqui.

terça-feira, 7 de setembro de 2004

À procura...

Desde que soube que o Programa da Manhã não voltava à Best Rock, que tenho andado à procura de uma nova estação para sintonizar o meu despertador, o rádio do carro e o rádio do pc, onde exista um programa engraçado e que me anime as manhãs.
Tem sido uma busca inglória. Nada é comparável ao programa que me habituei a ouvir ainda na Comercial e os meus padrões de qualidade e exigência tornaram-se tão elevados que nada me soa bem, nem nenhum programa me agrada.
Hoje esperimentei o novo programa do RCP. Ouvir o Pedro Ribeiro foi um bálsamo, mas as músicas são realmente dificeis de digerir. No entanto esforcei-me e dei um voto de confiança.
A rubrica das Músicas para Sonhar está lá (hoje ouviu-se o Zé Gato), mas com uma sonoridade diferente e há um concurso que oferece 250Eur para ajudar em despesas escolares (e que tanto jeito deve fazer) dos filhos dos participantes. Enfim, uma oportunidade para matar saudades da voz do PRibeiro, mas apenas isso...
Pena. Ando perdida a deambular por uma série de estações de rádio e nenhuma me agrada. Falta a graça do Nuno e as gargalhadas da Maria. Que davam cor e alegria...
Mas sabem o que me custou mais? Foi ouvir o Pedro a publicitar os patrocinadores das rubricas. Qualquer coisa do tipo "Esta rubrica é oferecida por "Meno*****". A alternativa natural para a menopausa..."
Está tudo dito...

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Se ontem ainda era Agosto (quente e tórrido nas minhas memórias, mas apenas aí), hoje já é Setembro. O que mudou? As pessoas que foram de férias e as que regressaram. Mudam-se as pessoas e o ambiente alterou-se logo de forma radical: voltaram bem-dispostas, a contar as peripécias das férias e com cores rosadas e saudáveis de quem passou uns dias ao ar livre.
Com o encerrar do mês de Agosto parece que se sente um despertar colectivo, característico desta época do ano: voltam as pessoas, o trânsito e desaparecem os lugares de estacionamento.
Voltam também os políticos e as polémicas. Preparam-se estratégias, escândalos e orçamentos de estado.
Regressam as polémicas com as colocações dos professores, as reclamações sobre os preços proibitivos do material escolar e a reentreé escolar.
Aos poucos vai-se sentindo o tal despertar progressivo, causado por pessoas com energias renovadas e que dão a sensação de que afinal é possível que mude qualquer coisa.
...todos os anos o mesmo: a pura ilusão de mudança. E todos os anos acabamos por voltar ao mesmo…